Gabriela é psicóloga, psicanalista e pesquisadora. Sua trajetória é atravessada pela pluridisciplinaridade. Dedicada a uma clínica atenta às complexas narrativas do sujeito contemporâneo, ela se especializa na interseccionalidade entre a psicanálise, a filosofia e os estudos de gênero, de sexualidade e de classe. 

 

Comprometida com o tripé analítico, conta com percurso de formação no Instituto Internacional de Psicanálise, análise pessoal e supervisão. Sua trajetória trouxe-a para o berço da psicanálise lacaniana: na França ela é atualmente mestranda em psicanálise na Universidade de Montpellier Paul-Valéry. Gabriela tem como objeto de pesquisa revisitar os fundamentos da psicanálise, incluindo a perspectiva de autoras mulheres. Sua última monografia pesquisou o papel da figura grega Antígona e coloca em pauta a leitura “consagrada” de Jacques Lacan através dessa lente, dialogando com autoras como Luce Irigaray e Judith Butler. Trata-se de construir uma formação atualizada para a clínica contemporânea.

 

Sua vida acadêmica começa com o direito, onde pesquisou a relação entre o funcionamento da memória e o direito processual penal para apontar o quão frágil pode ser a memória enquanto meio de prova penal. Assim, aliando desde cedo o papel fundamental da psicologia, Gabriela pôde no direito apontar lacunas processuais penais que prejudicam a garantia de direitos de pessoas mais vulneráveis.

 

Enquanto psicóloga no Brasil, dedicou-se à saúde pública no Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS AD), forjando uma prática fundamentada na política de redução de danos e implicada com uma psicologia ética, antimanicomial e despatologizante. Para isso, os projetos de extensão em saúde mental e coletiva foram fundamentais em sua formação. 

 

​Essa confluência de saberes é matéria-prima que fortalece as reflexões éticas e políticas indissociáveis de sua prática clínica.